Você que pensa que a candidíase não tem relação nenhuma com a alimentação, esta muito enganada! A dieta merece muito destaque nessa situação, pois dependendo do que come, você está alimentando seu inimigo.

Para você que ama doce, cuidado! O açúcar altera o pH da vagina de modo a favorecer a proliferação dos fungos. Então é preciso restringir doces, balas em geral, mel e produtos industrializados adoçados. E não estranhe se o desejo de doce aumentar. As diversas substâncias que os fungos produzem e liberam no processo de digestão despertam em nós a vontade de consumir os alimentos úteis à sobrevivência deles.

Mas o açúcar não é o único vilão. Outros carboidratos refinados e simples, como macarrão, pão e arroz brancos, também fazem a alegria dos fungos que causam a candidíase. Por ter digestão rápida, esses alimentos logo elevam a taxa de açúcar no sangue, daí a importância de serem substituídos pelas versões integrais, ricas em fibras.

Em excesso, a frutose (açúcar das frutas) pode ser nociva no caso da candidíase também. Essa substância também é encontrada no xarope de milho, largamente usado na indústria alimentícia. Por isso, confira na embalagem e passe longe dos produtos que abusam desse ingrediente. Mas você não precisa abrir mão de um alimento tão saudável quanto as frutas frescas. Consuma de três a quatro porções por dia, dando preferência àquelas com baixo índice glicêmico (morango, pera, pêssego, maçã e ameixa) – ou seja, que são absorvidas mais lentamente.

Esqueça também os sucos de fruta, pois a taxa de frutose tende a ser alta. Prefira a fruta inteira e in natura. Faça o mesmo com as frutas secas que recebem adição de açúcar (banana passa, figo e abacaxi secos) ou são vendidas a granel. As frutas que ficam muito tempo expostas ao ar e à claridade favorecem a proliferação dos fungos.

É ainda mais importante você manter distância de pães (e outras massas que levam fermento biológico, caso da pizza), queijo gorgonzola, vinagre, vinho e cerveja. São alimentos e bebidas fermentados pela ação de fungos, o que pode confundir o sistema imunológico e desequilibrar os microrganismos que vivem naturalmente no intestino. Os produtos em conserva (picles e palmito), embutidos e todos os cogumelos (do champignon ao shiitake) também estimulam o crescimento fúngico e, portanto, devem ser evitados quando a candidíase está na fase aguda.

A boa notícia é que existem alimentos com ação antifúngica comprovada, merecendo lugar de destaque no cardápio.

São eles: orégano, alecrim, tomilho, alho e cebola. Procure consumi-los todos os dias, em diferentes pratos e refeições. Outras boas pedidas são as sementes de abóbora e os óleos de orégano e de coco extravirgem (use o primeiro para temperar pratos salgados e o segundo batido no iogurte). A romã é mais uma aliada: prepare um suco com a polpa e as sementes.

Os lactobacilos reorganizam a flora intestinal e, por isso, também são grandes aliados contra os fungos inimigos. Esses probióticos (bactérias do bem) são encontrados em iogurtes e no kombucha.

E os prebióticos? Capazes de nutrir as bactérias benéficas do intestino, eles também são bem-vindos para deixá-la mais resistente. A lista inclui biomassa de banana verde (pode ser adicionada no suco e na salada de frutas) e batata yacon – tubérculo originário dos Andes com o poder de reduzir a taxa de açúcar no sangue e deve ser consumido cru como uma fruta.

Folhas verde-escuras, verduras e legumes, alimentos integrais, frutas frescas, peixe, frango orgânico, raiz da chicória e alcachofra também são essenciais na dieta anticandidíase. Eles equilibram a flora intestinal deixando o ambiente menos atrativo para os fungos.

As sementes de chia e linhaça, assim como quinua e aveia, são úteis por outras razões: ajudam a reduzir o índice glicêmico da refeição, evitando picos de açúcar no sangue e, com isso, diminuem o risco dos fungos se manifestarem.

 

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