Você sabia que os diagnósticos de síndrome do déficit de atenção e hiperatividade estão disparando atualmente?
Nos últimos anos aumentou em 28%. Frequentemente nós temos diagnosticado crianças com problemas de comportamento como déficit de atenção e hiperatividade. Entretanto, algumas vezes pode existir outras coisas em jogo que devemos explorar.
O espectro da síndrome alcóolica fetal afeta por volta de 40.000 crianças por ano. O termo inicialmente conhecido era somente Síndrome Alcóolica Fetal, desde 1973.
O espectro da síndrome alcóolica fetal, que pode ser prevenido, é o líder causador de problemas congênitos e intelectuais em crianças atualmente. Isso não é a síndrome propriamente dita, mas uma desordem um pouco menos severa que está levando a problemas como ADD (déficit de atenção) e ADHD (déficit de atenção com hiperatividade).
As pessoas afetadas são aquelas que tem dificuldade de ficar sentadas por um tempo, de prestar atenção e entender assuntos mais complexos. O espectro da síndrome alcóolica fetal (FASD) não pode ser tratado da mesma forma que o déficit de atenção (ADD), pois uma pessoa com FASD tem uma dificuldade maior em compreender os comandos. Você precisa ser bem didático com elas e explicar exatamente o que quer dizer, sempre fazendo contato visual.
Como o FASD parece e trabalha quase que da mesma maneira que o ADD e ADHD, mas não pode ser resolvido pelo mesmo caminho, não queremos que essa população caia nesse caminho e seja tratada de um jeito que não lhes permita crescer, dado que suas necessidades cognitivas são diferentes. É por isso que viemos falar sobre esse assunto.
Um estudo feito nos EUA mostrou que 1 a 5% das crianças do primeiro grau se encaixam em algum lugar no espectro da síndrome alcóolica fetal. Mas como podemos diagnosticar? Ele comumente não é diagnosticado ou ele é tratado somente como ADD ou ADHD. O diagnóstico primário baseia-se em características físicas, deficiências de crescimento e comprometimento intelectual e comportamental.
As características típicas incluem:
- Deficiência de crescimento
- Problemas de comportamento
- Dificuldade de aprendizagem
- Marcadores inflamatórios elevados
- Frequência cardíaca elevada
O instituto de medicina diz que todas as substâncias de abuso, sendo elas: cocaína, maconha, heroína e álcool produzem, de longe, os efeitos neurocomportamentais mais graves no feto.
Embora o mecanismo de ação ainda não seja completamente compreendido, observamos os efeitos claros do álcool no bebê.
E então, o que podemos fazer no período de pré-concepção para evitarmos esse problemão?
- Se você está tentando engravidar ou no início da gravidez elimine a bebida alcóolica, dessa forma o espectro da síndrome alcóolica fetal é 100% evitável;
- Faça uma limpeza corporal 3 meses antes de engravidar, pode ser um Detox e posteriormente seguir os cuidados de uma alimentação o mais natural possível;
- Mães e pais precisam estar com a saúde em dia para conceber uma criança saudável e ter uma gestação tranquila;
- Procure ajuda do seu Nutricionista para que você ingira nessa fase os nutrientes fundamentais (metilfolato, zinco, ferro, vitamina D, ômega 3) antes e durante a gestação;
- Elimine os alimentos transgênicos, açúcar, alimentos refinados, soja e glúten;
E após o nascimento o que devemos fazer?
Se por um acaso você consumiu álcool durante a gestação é importante que seja feito um diagnóstico desde o início para eliminar a possibilidade do espectro da síndrome alcóolica fetal. Caso seja detectado algo, uma intervenção comportamental pode ajudar essa criança no desenvolvimento. Assim como livros e jogos estimulantes para ajudá-los no desafio de aprendizagem.
Alguns suplementos também são super importantes, como ômega 3, colina, vitaminas do complexo B que irão auxiliar no desenvolvimento cognitivo.
Durante a amamentação também é muito importante evitar o consumo de bebida alcóolica e caso aconteça podemos usar um suplemento chamado Chlorella, porém é necessário que o seu médico/nutricionista te passe a quantidade necessária.
Sabendo de tudo isso, acho que está mais do que claro de que não existe quantidade segura de bebida alcóolica durante a gestação. Sempre será um grande risco!
Escrito por Dra Maria Fernanda Cortez Giansante
VEJA TAMBÉM:
O que você pode fazer para controlar o seu ovário policístico?
A importância da vitamina D para quem tem síndrome do ovário policístico.