Estamos em uma epidemia de obesidade graças a dieta “balanceada” ocidental que indica um pouco de tudo, muitos carboidratos refinados, restrição calórica, exercícios e refeições frequentes.

Essa dieta mantém a gangorra da insulina e glicose em atividade, o que é deletério para a saúde e difícil de se manter a longo prazo, já que alguns indivíduos precisarão passar fome uma vida inteira para tentar manter o peso.

A pirâmide alimentar de base recheada de carboidratos refinados e defendida pela maioria foi proposta pelo departamento de agricultura dos Estados Unidos. No mínimo é uma dieta não natural para a espécie humana.

Se pesquisarem quais os alimentos utilizados para a engorda dos animais ficarão surpresos em notar que as rações para engordar animais são semelhantes a essa pirâmide alimentar, composta por alimentos com elevados índices glicêmicos. A sacarose e o pão possuem o mesmo índice glicêmico, ou seja ambos elevam a glicose do sangue aos mesmos níveis. O mundo se tornou obeso, e não foi por acaso e nem por sedentarismo.

A obesidade era uma raridade a meio século atrás e os carboidratos refinados e o açúcar (e não a gordura saudável) são responsáveis pelo aumento do peso, aumento de partículas oxidadas de colesterol e aumento dos riscos cardiovasculares.

O segredo está exatamente nesse ponto, as calorias obtidas pelos carboidratos refinados e açúcares devem ser trocadas por gorduras saudáveis: dieta High Fat, Low Carb.

Mas remover o açúcar e o carboidrato (trigo/glúten/amido/grãos) da dieta requer programação, pois eles estão na maior parte dos alimentos industrializados. Alimentos industrializados são aqueles que tem rótulo, fuja deles. Todavia, uma vez que tenha eliminado os carboidratos e o açúcar da dieta a flutuação dos níveis de glicose e insulina terminam, a fome diminui, a resistência a insulina melhora.

Dietas ricas em gorduras saudáveis e pobres em carboidratos possuem melhor desempenho na perda de peso.

O início pode ser difícil, algumas pessoas sentirão síndrome de abstinência com a retirada dos carboidratos, semelhante a parar de fumar, mas esses sintomas desaparecem com o tempo.

Anota aí uma das receitas do cardápio Slow Carb que está no Programa Saúde Total.

QUIBE DE ABÓBORA COM SHIMEJI

Ingredientes:

  • 400 gr purê de abóbora
  • 2 xícaras de quinua cozida
  • 1 pitada de sal e pimenta do reino
  • 10 colheres de tofu
  • 1 bandeja de shimeji refogado no óleo de gergelim
  • 1 colher de sopa de ervas finas
  • 2 colheres de sopa de cebola
  • 1 dente de alho
  • 1 colher de azeite
  • 1 xicara de alho poró frito

Modo de preparo:
Cozinhar a quinua até que fique cozida. Frite a cebola e o alho e acrescente a quinua já cozida e logo depois o purê. Tempere a gosto e desligue o fogo. Coloque em uma travessa a primeira camada e recheie com o tofu, o shimeji refogado e o alho poró e em cima a última camada da mistura de quinua com abóbora. Regue com um fio de azeite e leve ao forno para gratinar por 20 minutos.

Escrito por Dra. Daniela Cyrulin 

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