Nos últimos anos de minha prática como nutricionista, testemunhei pessoalmente o aumento de doenças autoimunes. Fico perplexa ao ver tantos jovens sendo diagnosticados com lúpus, artrite reumatóide, tireoidite de Hashimoto, psoríase, doença celíaca e muito mais!

Como é possível que essa geração mais jovem tenha mais desses problemas do que meus pacientes mais velhos?

Eu me fazia essa pergunta com frequência, e aprendi como a saúde intestinal está intimamente ligada à essa questão.

As doenças autoimunes estão em alta de forma significativa.Existem pelo menos 80 a 100 doenças autoimunes diagnosticadas ​​em todo o mundo. O que está causando essa subida íngreme?

O aumento de doenças autoimunes pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo o uso de pesticidas, toxinas no ar e na água, uso excessivo de medicamentos, infecções virais crônicas, exposição a fungos, estresse crônico e genética – mas o mais importante fator está na dieta.  Alimentação como fast foods, carboidratos e ingredientes geneticamente modificados e pobre em fibras, vegetais e antioxidantes, está nos inflamando e a inflamação sempre começa no intestino. E as doenças autoimunes começam com inflamação.

Conexão intestino-cérebro-sistema imunológico.

O intestino também é conhecido como nosso segundo cérebro, composto por numerosas microbiotas que regulam e protegem o revestimento da mucosa. Quando há um desequilíbrio, também conhecido como disbiose, estudos mostram que isso aumenta a inflamação no corpo e predispõe o corpo a doenças autoimunes como artrite reumatóide, doença celíaca, lúpus, diabetes tipo 2 e esclerose múltipla – só para citar alguns. Quando a permeabilidade do revestimento do intestino é alterada, isso permite que toxinas, bactérias e substâncias estranhas como alimentos e antígenos entrem na corrente sanguínea, causando algo chamado “intestino permeável”.

Quando isso ocorre repetidamente ao longo do tempo, a sobrecarga excessiva de toxinas desencadeia o início de uma doença autoimune.

A proporção da microbiota é importante, assim como o tipo de bactéria que reside no intestino, pois algumas são benéficas e outras prejudiciais. Bactérias intestinais benéficas atuam como um revestimento protetor da mucosa intestinal, evitando que substâncias estranhas entrem quando não deveriam.

Quando há uma mudança na composição da quantidade de bactérias boas versus bactérias patogênicas más, isso afeta a regulação imunológica do intestino, tornando mais difícil combater infecções e mais fácil desenvolver uma doença autoimune.

Como lidar com seu intestino para prevenir inflamação e doenças autoimunes. 

É importante começar com um bom protocolo detox que vai eliminar os alimentos que causam inflamação e/ou desencadeiam alergias e/ou sensibilidades alimentares e vai introduzir os alimentos anti-inflamatórios. Além disso, vai ajudar a curar o intestino.

Depois, certifique-se de que está obtendo níveis adequados de alimentos prebióticos como maça e alho e probióticos como missô, chucrute, kimchi, kefir, kombuchá e iogurte, além de um bom suplemento probiótico.

Outra ótima maneira de apoiar a saúde intestinal é incorporar o caldo de osso em sua dieta; o colágeno no caldo de osso ajuda a reparar o revestimento do intestino, o que melhora o sistema imunológico com o tempo.

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