A perda de peso é complexa. Não é apenas comida e exercício. A equação da perda de peso de “gastar mais calorias do que coloco pra dentro” é lamentavelmente inadequada. Outros fatores, como hormônios, sono, inflamação, microbioma intestinal, emoções não expressas e genética influenciam sua capacidade de perder peso e mantê-lo equilibrado.

A equação certa é:

Mudança na Gordura Corporal = Alimentos + Movimento + Hormônios + Sono + microbioma + Inflamação + Emoções sem Expressão + Genes

Essa equação deve ser fortalecedora, não esmagadora. Você tem a capacidade de influenciar todos esses fatores, exceto seus genes, mas os genes desempenham o papel mais fraco na equação por causa de como o ambiente interage com eles. Uma dieta limpa faz genes mais limpos.

Vamos às dicas:

  1. Hormônios

Quando seu peso aumenta inesperadamente, muitos de vocês chegam à conclusão de que seus hormônios da tireoide estão bagunçados. Às vezes são e às vezes não são. Enquanto os hormônios da tireóide têm um papel fundamental na regulação do metabolismo, existem outros hormônios que afetam o ganho e a perda de peso. Estes incluem insulina, glucagon, leptina, grelina, cortisol, adrenalina e hormônios sexuais: estrogênio, progesterona e testosterona.

Os mais importantes são:

Insulina: Este hormônio é secretado pelo pâncreas para ajudar a entrar glicose nas células. Essas células incluem o fígado e as células musculares para que você tenha energia para se movimentar e se exercitar, mas também para as células adiposas. Se você armazena gordura corporal em todos os lugares, então a insulina é seu hormônio dominante, e você vai querer regular esses níveis. Isso pode ser feito reduzindo-se os carboidratos ricos em amido e comendo refeições menores (grandes refeições também desencadeiam a insulina). Nem todo mundo tem um problema com a insulina, mas se você tem uma camada de gordura corporal em todos os lugares, então fazer essas mudanças na dieta pode ser muito eficaz para você.

Estrogênio: Se você armazenar gordura corporal na parte superior das coxas e bumbum, então o estrogênio é seu hormônio dominante. Isso normalmente significa que seu corpo não está desintoxicando o estrogênio tão eficientemente quanto deveria, ou o excesso de carboidratos está causando a circulação de mais estrogênio disponível ao redor do corpo. Quanto mais células de gordura você tiver, mais estrogênio no corpo, uma vez que as células de gordura secretam estrogênio. A dica aqui é comer uma xícara de vegetais crucíferos diariamente, uma vez que estes vegetais contêm indol-3-carbinol, um fitonutriente que ajuda a metabolizar e limpar o estrogênio do corpo.

Cortisol: Se você tem gordura da barriga, o cortisol, o hormônio do estresse, é o culpado. Você se beneficiará de uma meditação diária de 20 minutos, já que a meditação ajuda a redefinir a resposta do corpo ao cortisol.

  1. Sono

A falta de sono pode aumentar a fome e a ingestão de alimentos “errados”. Em um estudo, as mulheres que dormiram apenas quatro horas por quatro noites consecutivas consumiram um extra de 400 calorias em comparação aos seus dias regulares de sono. Parte da razão para o aumento dos alimentos é como o cérebro responde a carboidratos e gordura após o sono encurtado.

Quando os pesquisadores usaram a tecnologia de ressonância magnética para avaliar a atividade cerebral em resposta à comida e menos sono, houve mais atividade nas áreas de recompensa do cérebro e menos atividade no córtex pré-frontal, o que ajuda a controlar os impulsos.

  1. Microbioma intestinal

A composição errada das bactérias intestinais pode retardar a perda de peso. Pesquisadores descobriram que bactérias ruins podem extrair mais calorias de seus alimentos, fazer com que você fique constipado (permitindo mais tempo para as bactérias se alimentarem da comida nas fezes), interferir nas enzimas que permitem a queima de gordura, alterar os sinais de apetite e alterar os genes que expressam a rapidez com que você queima a gordura corporal. Se você se sentir constantemente inchado, é provável que você tenha um desequilíbrio no microbioma intestinal. Comece ingerindo alimentos probióticos, mas isso sozinho dificilmente irá resolver desequilíbrios do microbioma. Trabalhe com um nutricionista para avaliar o seu microbioma intestinal.

  1. Inflamação

As causas mais comuns de inflamação crônica são sua dieta, sensibilidades alimentares, um desequilíbrio do microbioma intestinal e mercúrio elevado. Eu quero que você identifique a raiz da inflamação e corrija-a. Aumente a ingestão de vegetais e corte o lixo (sim, mais fácil de falar do que fazer), corte os alimentos mais comuns – glúten e laticínios – por quatro semanas, resolva o desequilíbrio do seu microbioma intestinal (como discutido acima) e tenha seus níveis de mercúrio verificados.

Se você tiver amálgama nos dentes e comer atum várias vezes por semana, o mercúrio pode ser o culpado.

  1. Emoções não expressas

Este é o tema mais intrigante na equação de perda / ganho de gordura. Muitas vezes é ignorado porque as emoções não podem ser medidas, mas quando meus clientes ganham peso inesperadamente, a primeira pergunta que faço é: “Há algo que você não está expressando?” Pode ser um pensamento residual de uma discussão com um parceiro, um relacionamento tenso com a mãe ou algo vergonhoso desde a juventude. Quando os pesquisadores analisaram pacientes obesos que iriam fazer a cirurgia bariátrica, eles descobriram que 75% deles haviam passado por pelo menos uma experiência adversa na infância.

Se algo te incomodou, não engula; escreva, ou fale com um amigo ou um terapeuta. Se as emoções estão presas dentro de você, o peso também pode ficar preso.

Como você pode ver, há uma infinidade de fatores que podem contribuir para o ganho de peso e perda de peso lenta. Mas há esperança. Não desista. Identifique o motivo mais provável dessa lista e comece a trabalhar nele. A perda de peso sustentável nem sempre é fácil, mas é possível! E o mais importante: pela sua saúde e não simplesmente por estética!

Escrito por Dra. Daniela Cyrulin

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